O marketing político ocupa um espaço fundamental na democracia. Por meio dele, é possível que as diversas ideias da sociedade estejam expostas no debate público. Essa é uma forma de garantir que as demandas de todos cheguem aos espaços de tomada de decisões.
Outra contribuição para a democracia está na capacidade de levar informação de qualidade para os eleitores. O bom marketing político consegue divulgar um mandato de forma acessível, garantindo que mais pessoas recebam – e entendam – a mensagem do agente público.
Isso porque a política pode ser “chata” e desinteressante para o cidadão comum (quando não é generalizada e associada a práticas criminosas). Nesse sentido, a boa comunicação não é só capaz de eleger candidatos, mas também de fortalecer as instituições democráticas. Ela pode apresentar a política pelo que ela é: um instrumento com a capacidade de melhorar a vida de todos.
Se o marketing político é benéfico para a população, também é vantajoso para um candidato ou mandatário. Rumo às eleições de 2024, os políticos que adotarem a prática com antecedência terão, certamente, mais chances de sucesso.
O que é marketing político?
Em primeiro lugar, o marketing político não fabrica candidatos, apenas os ajuda a se expressar melhor. Ele é, de forma resumida, a produção, a difusão e o fortalecimento de símbolos e marcas políticas.
Segundo o especialista em comunicação política Cid Pacheco, um dos precursores do estudo do tema no Brasil, “o marketing eleitoral é a arte do ajustamento do sujeito ao meio ambiente”. Em outras palavras, ele se adequa ao cenário político, à situação dos eleitores e ao contexto que define cada eleição.
Por isso, o marketing político parte de pesquisas e análises sobre cada candidatura. Só então, produz estratégias únicas para atingir o objetivo do candidato. Os mais preparados adotam essas práticas ao longo de toda a trajetória na política, candidato ou mandatário, esteja eleito ou não.
Muda-se, porém, suas atribuições em cada período. Por isso, o marketing político pode ser definido em duas vertentes: eleitoral e governamental. Este primeiro compreende os oficiais 45 dias da campanha eleitoral. Já o segundo é destinado para políticos em mandato. Fora esses dois significados, o marketing político também pode – e deve – ser aplicado já na pré-campanha (que começa um dia após o término das eleições anteriores).
O que o marketing político faz?
O marketing político nas eleições é focado em resultados rápidos. Suas ações têm começo, meio e fim. Além disso, a linguagem que predomina neste período é a publicitária, cujo objetivo é convencer o eleitor a votar em determinado candidato. Em linhas gerais, marketing eleitoral é emoção.
Já o eixo governamental é duradouro, com objetivos de médio e longo prazo. Ele compreende um momento de menos propaganda e mais informação. Para um político, o mandato é a melhor ferramenta de pré-campanha.
Os demais pré-candidatos, que não estão eleitos, devem aproveitar o período que antecede as eleições para se apresentar ao público, mostrando suas trajetórias e valores. Nesse contexto, a construção de imagem deve ser um processo permanente na vida de todo político.
Imagem é a percepção dos eleitores sobre a pessoa pública. Ela não está, necessariamente, ancorada na realidade. Assim, o marketing político deve aproximá-la da essência do candidato ou mandatário.
Sobretudo, o marketing político permite que cada candidato controle a própria narrativa, sem deixar que seus adversários ocupem esse espaço.
Comunicação política nas eleições 2024
Sempre é tempo de falar sobre política. Aqui, entende-se o conceito como tudo que uma pessoa pública faz em favor da população, seja asfaltando uma rua, reformando uma escola ou ecoando uma ideia de determinado grupo.
Por outro lado, não é hora de falar sobre eleições – pelo menos para o eleitor comum. Essa só é uma preocupação para aqueles que estão inseridos nos ambientes representativos e de poder.
Agora, a missão do marketing político é fazer uma pré-campanha que não pareça campanha. Dessa forma, o candidato terá as condições necessárias para pedir votos ao eleitorado na hora certa.
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