Descubra como usar diferentes canais de comunicação para criar proximidade, autoridade e reconhecimento antes mesmo da campanha oficial.
Na política, ninguém conquista votos apenas no período oficial de campanha. O jogo começa muito antes, e quem entende isso constrói vantagem competitiva. É na pré-campanha que se definem os principais pontos de contato com o eleitor: os canais e formatos pelos quais o candidato será visto, ouvido e lembrado.
Quanto mais consistentes forem esses pontos de contato, maior a chance de o eleitor criar vínculos e reconhecer autoridade. Afinal, cada panfleto entregue, cada entrevista no rádio, cada post nas redes sociais e cada citação na imprensa são oportunidades de fixar a imagem do candidato.
Neste artigo, vou mostrar como planejar os pontos de contato com o eleitor na pré-campanha, explorando material impresso, rádio, TV, digital e imprensa.

Material impresso: presença física que permanece
Mesmo na era digital, o material impresso continua sendo um ponto de contato poderoso. Ele tem a vantagem de permanecer na casa, na mesa ou no bolso do eleitor.
Alguns formatos estratégicos:
- Panfletos e santinhos: reforçam a imagem e a lembrança do número.
- Jornais de campanha: permitem apresentar propostas de forma mais detalhada.
- Cartas personalizadas: criam proximidade e senso de exclusividade.
- Adesivos e banners: funcionam como multiplicadores da identidade visual.
O segredo está na qualidade do design, na clareza da mensagem e na coerência com a narrativa da pré-campanha.
Rádio: proximidade e repetição
O rádio ainda tem força, especialmente em comunidades locais e cidades do interior. Ele cria proximidade, transmite emoção pela voz e alcança públicos que muitas vezes não estão ativos nas redes sociais.
Na pré-campanha, é possível:
- participar de entrevistas e programas jornalísticos;
- comentar sobre temas de interesse público;
- marcar presença em programas comunitários.
A repetição natural do rádio faz com que o eleitor memorize nomes e mensagens de forma quase automática.
TV: presença simbólica e autoridade
Mesmo com a fragmentação da audiência, a TV ainda carrega forte valor simbólico. Estar presente em entrevistas ou reportagens aumenta a percepção de autoridade do candidato.
Na pré-campanha, a TV pode ser usada para:
- dar visibilidade a pautas defendidas;
- participar de programas de entrevistas ou debates especiais;
- mostrar credibilidade por meio de matérias jornalísticas.
A TV transmite a ideia de relevância: se apareceu na tela, é porque tem peso político.
Digital: redes sociais, vídeos curtos e tráfego pago
Nenhuma estratégia moderna de pré-campanha funciona sem presença digital. Hoje, grande parte da percepção do eleitor é formada nas redes sociais.
Pontos de contato digitais mais relevantes:
- Redes sociais: Instagram, Facebook, TikTok e Twitter para construir narrativa e proximidade.
- Vídeos curtos: reels, shorts e TikTok, que são os formatos mais consumidos no Brasil.
- Lives e transmissões: conexão em tempo real com apoiadores.
- Tráfego pago: ampliar alcance e segmentar públicos específicos.
Aqui, autenticidade e consistência são indispensáveis. Mais do que likes, o digital gera conexão emocional quando usado de forma estratégica.

Jornalismo e autoridade: ser fonte confiável
Um dos pontos de contato mais eficazes na pré-campanha é a imprensa. Quando o candidato é citado como fonte em reportagens sobre pautas que defende, sua autoridade cresce.
Estratégias práticas:
- Relacionamento com jornalistas: manter canais abertos para entrevistas e comentários.
- Produção de artigos de opinião: posicionar-se sobre temas relevantes.
- Repercutir na imprensa local: conquistar espaço espontâneo em veículos regionais.
Ser visto como especialista em determinados assuntos gera credibilidade e amplia o alcance da mensagem sem custo direto.
Integração dos pontos de contato
O maior erro é tratar cada canal de forma isolada. Os pontos de contato com o eleitor precisam se complementar.
Exemplo prático:
- A visita de bairro (rua) é registrada em vídeo (digital), que depois vira corte para redes sociais e pauta para imprensa local.
- O jornal impresso entregue no corpo a corpo é divulgado também no site e em newsletters digitais.
- A entrevista no rádio pode ser transformada em trecho para WhatsApp e reels no Instagram.
Quando todos os formatos conversam entre si, a narrativa fica mais forte e coerente.
Conclusão: presença multicanal é vantagem estratégica
Na pré-campanha, cada detalhe conta. Usar bem os pontos de contato com o eleitor significa multiplicar oportunidades de reconhecimento e engajamento.
Material impresso, rádio, TV, digital e imprensa não competem entre si: se fortalecem mutuamente. Quando usados de forma integrada, eles criam uma rede de proximidade e autoridade que prepara o terreno para a campanha oficial.
Em política, quem aparece mais e aparece bem é lembrado. E quem é lembrado com consistência tem muito mais chances de ser votado.


