Twitter extingue propaganda política
O Twitter não terá mais propaganda política paga na plataforma. A decisão divulgada pelo CEO da empresa, Jack Dorsey, tem validade a partir de 22 de novembro. Com impacto imediato na eleição presidencial norte americana e, posteriormente, nas eleições legislativas brasileiras.
Ainda que seu alcance seja muito menor do que os de outras redes sociais como Facebook e Instagram, a extinção da propaganda política pelo do Twitter, e a consequente perda de receitas publicitárias, demonstra um interesse considerável em disseminar conteúdos menos mentirosos e deturpados.
Twitter extingue propaganda política
Nos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, que tentará a reeleição, já se mostrou contrário ao fim dos anúncios pagos pelo Twitter, e creio que entre nós, brasileiros, também haverá posicionamentos semelhantes.
Assim, nos dois países já foi comprovado que os conteúdos deliberadamente falsos, as tão conhecidas fake news, interviram de alguma nas últimas eleições. É fato também que ambos os governos não conseguem banir efetivamente esse tipo de prática.
Ocorre que, na democracia brasileira, os efeitos dessa forma torpe de buscar a ascensão política. Que entram em combate direto com as nossas condições sociais e culturais bastante inferiores, tendendo a nos atingir de maneira mais intensa.
Twitter tem postura oposta ao Facebook.
A conduta adotada por Jack Dorsey é oposta à de Mark Zuckerberg, CEO de Facebook, Instagram e WhatsApp, que se diz contrário à censura de anúncios, mesmo que esses sejam fraudulentos. Zuckerberg, faturou 56 bilhões de dólares com suas plataformas em 2018 e boa parte desse valor são de propagandas.
Com as possíveis fake news nas linhas do tempo das principais redes socais no período eleitoral, decisões de votos podem ser embasadas por informações deliberadamente equivocadas. Dessa forma, o Twitter acerta quando extingue a propaganda política afim de tentar evitar esse tipo de erro.
Alessandra Fedeski – especialista em marketing político.
Para saber mais, confira na integra o que a Andressa nos contou sobre o assunto, no podcast