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Dia da Mulher: representação feminina na política ainda é baixa, mas você pode mudar essa realidade

Congresso Nacional em Brasília sob a iluminação do pôr do sol.

O número de candidaturas femininas bateu recorde nas eleições brasileiras de 2022, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar disso, elas só representaram 33% do total de políticos elegíveis, ainda que o eleitorado feminino seja maioria no país. A participação igualitária de mulheres na política garante que as necessidades de todas as pessoas sejam atendidas.

O índice de mulheres eleitas é mais preocupante. Nas eleições de 2022, apenas 18% dos candidatos eleitos para o Poder Legislativo foram mulheres. Em ranking organizado pela União Interparlamentar, que compila dados de 187 países, o Brasil ocupou o 129% lugar em representação feminina no Parlamento nacional. Saiba mais no TSE Mulheres.

Diante das estatísticas ainda baixas e aquém da real demografia brasileira, é necessário garantir mais espaços para mulheres dentro dos partidos políticos e das campanhas eleitorais. Para as mulheres que querem ingressar no mundo político mas não sabem como, preparamos um tutorial.

 

Como a mulher interessada em política pode atuar?

No RepúblicaCast, conversamos sobre a importância da representatividade feminina na luta pelos direitos de outras mulheres. A pluralidade nos órgãos legislativos, executivos e judiciários ajuda a contemplar as demandas de todas as pessoas, principalmente em situação de maior vulnerabilidade.

Candidate-se você também e ajude a transformar o cenário de sub-representação feminina em cargos de poder. Com planejamento e estratégia, você pode ter sucesso em sua campanha. O livro “Marketing Político: Construção de Campanhas Vitoriosas é nossa dica para estudar melhor o tema. Para comprá-lo, clique aqui.

Por meio das redes sociais é possível criar conteúdos que ajudem a construir a imagem da candidata e a conectar-se com o eleitorado. Outra vantagem do marketing digital é a possibilidade de segmentar o público-alvo, direcionando a mensagem para os eleitores que mais se identificam com as propostas da candidata.

Se você não sabe por onde começar, acesse aqui e leia o passo a passo para planejar a sua campanha. Confira o nosso guia básico rumo às próximas eleições.

 

Apoie outras mulheres

A atuação feminina na política também passa pelo trabalho em outras candidaturas. Organizar equipes diversas e bem representadas por outras mulheres aprimora a comunicação e o desenvolvimento de projetos que mudam a vida das pessoas. Aprenda a montar uma equipe ideal aqui!

Se você quer começar a não sabe por onde, preparamos cinco passos para ajudar a sua jornada. Além de ter uma equipe plural, é preciso pesquisar a vida do seu ou da sua candidata, traçar uma estratégia, investir em comunicação e colocar o plano em ação.

 

O que diz a lei?

No Brasil, a legislação define uma série de medidas para incentivar a participação feminina na política. Confira algumas ações:

A cota de gênero estabelece que cada partido deve preencher ao menos 30% das candidaturas com mulheres. Ela foi criada em 1995, quando previa a reserva de 20% candidaturas femininas. Em 2009, a lei foi alterada para o índice atual.

Os partidos também devem destinar pelo menos 30% do fundo partidário e do tempo de propaganda para as candidatas mulheres, de acordo com a Lei de Participação Feminina na Política, de 2015.

Outra lei, sancionada em 2021, estabelece regras para combater violência política contra mulheres. Segundo o texto, são atos de “distinção, exclusão ou restrição no reconhecimento, gozo, ou exercício de seus direitos e suas liberdades políticas fundamentais, em virtude do sexo”. A legislação ainda prevê multa e reclusão de um a quatro anos.

 

Conquistas femininas

  • 1927: Primeira eleitora

Natural de Rio Grande do Norte, primeiro estado brasileiro a permitir que mulheres votassem, a professora Celina Guimarães não foi só a primeira eleitora brasileira. Ela também foi a primeira mulher a votar em toda a América Latina.

  • 1932: Direito ao voto

As mulheres conquistaram o direito de votar no Brasil com a criação do primeiro Código Eleitoral do país. O ato também criou a Justiça Eleitoral e instituiu o voto secreto.

  • 1934: Primeira deputada federal eleita

A professora Carlota Pereira de Queirós participou da Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935, por meio das comissões de Saúde e Educação. Ela permaneceu na Câmara até o fechamento do Congresso Nacional em 1937.

  • 1979: Primeira senadora a tomar posse

Eunice Michiles era suplente do senador João Bosco de Lima e, na ocasião de sua morte, tomou posse no Senado brasileiro. Ela trabalhou nas comissões de Economia, Educação e Cultura, Saúde e Legislação Social. Foi, ainda, deputada federal e conselheira do Tribunal de Contas do Amazonas.

  • 1982: Primeira governadora

Iolanda Fleming governou o estado do Acre depois que o titular de sua chapa, Nabor Júnior, deixou o Governo para disputar vaga no Senado. Destacou-se pela implementação da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher.

  • 2000: Primeira ministra do STF

Ellen Gracie foi, também, a primeira mulher a presidir o Supremo Tribunal Federal (STF). Ela ainda exerceu função no TSE, mas não chegou a presidi-lo.

  • 2010: Primeira presidente da República

Dilma Rousseff assumiu o Governo Federal em 2011 e foi reeleita em 2014. Antes, ela foi secretária municipal da Fazenda, secretária estadual de Energia, Minas e Comunicações, ministra de Minas e Energia, além de ministra da Casa Civil.

 

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