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Os impactos da COVID-19 na campanha eleitoral, por Alessandra Fedeski

Os impactos da covid-19 na campanha eleitoral

Os impactos da COVID-19 na campanha eleitoral

Os impactos da COVID-19 na campanha eleitoral são gitantes. Teremos uma eleição atípica como nenhuma outra. Esse é o grande impacto da covid-19 na campanha eleitoral deste ano.

Do início da pandemia, ocorrido em meados de fevereiro aqui no Brasil, as atuais 98 mil mortes, foram poucos meses, porém inúmeros estragos.

A saúde pública e a economia do nosso país foram fortemente abaladas pelo coronavírus. Consequentemente, a sociedade foi colocada diante de uma realidade de pandemia até então ainda não vivida pela maioria das pessoas.

Aos agentes públicos em cargos e aos postulantes a uma cadeira como vereador ou prefeito foi imposto um desafio ainda maior: conquistar o já desgastado eleitorado e apresentar alternativas viáveis de enfrentamento ao vírus.

Elaboração da estratégia

Os impactos da covid-19 na campanha eleitoral começam na elaboração da estratégia. Então, esta importante etapa da campanha deverá ser reformulada e adaptada a uma realidade bastante diferenciada de todas as anteriores.

O novo cenário contido na estratégia precisa levar em conta a inserção do uso ou não de medicamentos, a iminente chegada de uma vacina, a ocupação de leitos hospitalares, a abertura ou não de empresas.

Itens como esses devem estar em constante avaliação pela equipe de campanha, a fim de evitar estratégias desatualizadas ou fora de contexto.

Avaliação do posicionamento

Cada candidatura precisará fortalecer e avaliar o posicionamento a respeito de pautas essenciais para as cidades, como a saúde e a retomada da economia pós-covid-19.

Além disso, os eleitores esperam dos políticos posturas relacionadas à abertura do comércio, sobre a condução e o enfrentamento ao vírus do atual governo. Mais do que nunca, manter-se em cima do muro irá afastar o candidato da população.

Campanha de rua

Posteriormente, a campanha de rua sofrerá um forte impacto com a covid-19 na campanha eleitoral. Haverá a redução, ou até mesmo a eliminação completa das reuniões de grandes grupos, das caminhadas e comícios.

Com isso, candidatos ainda desconhecidos terão uma desvantagem em relação aos que concorrem a reeleição, pois o olho no olho com o eleitor será escasso.

A entrega de santinhos porta a porta deverá permanecer. Contudo, será diferenciada da última eleição, quando era possível travar uma conversa para apresenta, ainda que minimamente, um candidato.

As chances de contato e convencimentodo eleitor para que este avalie a proposta apresentada serão poucas. Este tipo de contato reduzirá bastante.

Os impactos da covid-19 na campanha eleitoral

Como visto, os impactos da covid-19 na campanha eleitoral serão grandes. Porém, esses impactos não ficarão restritos às candidaturas menores ou com menos recursos.

Todos os que estarão no pleito deste ano já sentem as consequências da pandemia.

As campanhas deste ano deverão apresentar, a meu ver, propostas de atendimento de saúde e de recuperação econômica com resultados no curto prazo.

Programas de governo que não abraçarem minimamente esses dois pontos tendem a uma recusa eleitoral.

Por fim, creio que um impacto positivo da covid-19 na campanha eleitoral está no sentido de melhora na relação entre político e eleitor.

Aquele eleitor que afasta de si qualquer tipo de discussão que envolva política e campanha, está mais predisposto a ouvir os candidatos.

O interesse na atuação política deve crescer, pois, com a pandemia, houve uma crescente no entendimento sobre a responsabilidade dos agentes públicos na condução das cidades.

 

Alessandra Fedeski é jornalista e especialista em marketing político

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