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Marketing Político: Profissional ou caseiro?

Nas eleições de 2014 o Marketing Político conquistou um espaço significativo na disputa eleitoral. Na campanha presidencial mais disputada desde a Redemocratização, erros e acertos, informação e contrainformação, ataques e contra-ataques, estratégias diversas foram colocadas em cena. Porém o nível de profissionalismo visto nas principais candidaturas a presidência da República, não se repete nas demais campanhas pelo país. Muitos políticos ficam perdidos entre o marketing político: profissional ou caseiro.

Diferença entre o marketing profissional e o caseiro

A dicotomia entre o profissionalismo e a solução caseira, toma conta do espectro político. Por solução caseira entende-se o uso de pessoas com algum conhecimento de jornalismo, publicidade ou marketing, disponíveis gratuitamente ou por um valor irrisório.

Em geral, a “solução caseira” trabalha amadoristicamente com equipamentos domésticos, baixa informação em uma equipe improvisada, sem experiência de campanhas e sem autoridade para contrariar o político/candidato, mesmo quando esse esteja equivocado.

Em todo o mundo civilizado não se concebe mais uma campanha eleitoral ou mandato parlamentar sem a assessoria de profissionais do Marketing Político. O Brasil, por exemplo, caminha para essa posição, apesar da atividade ainda não ser completamente entendida e utilizada de modo a se tirar dela o melhor proveito. Entre os políticos também há muita desinformação. Ora se entende que esse trabalho é capaz de realizar milagres; ora se desdenha da sua eficácia. Nem lá, nem cá. Há candidatos ou parlamentares que se recusam a contratar profissionais externos, seja por uma ilusória economia, seja pela falta de conhecimento dos possíveis benefícios.

Para eles, a mão-de-obra local é mais que suficiente para conduzir uma campanha ou a comunicação e estratégia do mandato. Contudo, com o processo de modernização da política, esta atitude intransigente certamente custará caro.

Certas técnicas, procedimentos de campanha e ações de mandato parlamentar ou são garantidos na sua idoneidade e qualidade por profissionais com conhecimentos específicos, ou é melhor não praticá-las. Soluções caseiras, via de regra, não possuem a experiência e o conhecimento especializado para definir questões como o posicionamento da candidatura, pesquisas de opinião ou o foco  temático da comunicação publicitária, aspectos fundamentais da estratégia e do marketing político.

Campanhas caras estão fadadas à vitória

É importante não se confundir campanhas caras com campanhas vitoriosas, atribuindo uma relação de causa e efeito entre os dois atributos. A vitória abençoa o bom candidato, preparado, comunicativo; a campanha moderna, eficaz; a comunicação focada e a estratégia inteligente. Ou ainda mandato articulado, equipe técnica preparada e qualificada, estratégia de comunicação eficiente e eficaz, além de segmentação da base, durante a legislatura.

Portanto, mesmo campanhas ou mandatos parlamentares com poucos recursos podem – e devem – alcançar estas metas para vencer. Por outro lado, por mais rica que seja a campanha, não se conseguirá eleger um candidato ruim com uma estratégia mal feita.

O problema da “solução caseira” é que ela sacrifica a eficiência de uma campanha ou mandato parlamentar com recursos modestos, que estava ao seu alcance, pela “economia ilusória”. Trata-se, como se vê, de um conceito de economia vulgar, simplório e basicamente equivocado.

Deve-se tomar muito cuidado, pois, com soluções aparentemente simples e baratas. Você precisa trabalhar em algumas áreas que a campanha um mínimo de profissionalismo, até mesmo para que os recursos que nela foram produzam os resultados e efeitos esperados.

É preciso ter a consciência de que a solução caseira pode ser a mais barata, em compensação, é também a menos eficiente. Afinal, não há nada mais caro em política do que a derrota.

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