Slogan e jingle não são detalhe criativo — são estratégia emocional e simbólica. Se sua campanha não tem uma frase marcante e nem uma música que gruda na mente, falta alma.
Em um cenário eleitoral cada vez mais saturado de informação, o eleitor pode até esquecer seu plano de governo. Mas dificilmente esquece um bom jingle. Ou um slogan poderoso. Esses dois elementos não são apenas detalhes criativos — eles são a memória afetiva da sua candidatura. Por isso, neste artigo, vamos explorar como o slogan e o jingle se transformam em ferramentas estratégicas e emocionais.
Você vai aprender a criar um slogan que represente a essência da campanha e a transformá-lo em um jingle que emocione. Tudo isso de forma planejada e com foco em resultados.

Slogan e jingle: estratégia e emoção que colam na memória
Segundo Darlan Campos, no livro Planejamento e Estratégia de Campanha Eleitoral, “a política é feita de símbolos. Quando a mensagem vira canto, ela alcança mais corações do que argumentos”.
O slogan posiciona. O jingle conecta. Ambos são ferramentas de comunicação emocional que ajudam a tornar uma candidatura inesquecível. Eles geram reconhecimento instantâneo, adesão simbólica e empatia com os valores da campanha.
O que faz um bom slogan funcionar?
Um bom slogan condensa em poucas palavras a proposta de valor da campanha. Ele é a assinatura que acompanha o candidato em cada aparição, cada santinho, cada postagem.
Para ser eficaz, ele precisa ser:
- Curto: até 5 palavras.
- Claro: sem ambiguidade.
- Memorável: fácil de repetir.
- Emocional: deve gerar empatia, orgulho ou vontade de agir.
- Identitário: refletir um valor, atitude ou proposta do candidato.
Exemplos práticos de bons slogans:
- Coragem pra fazer
- Mais ação, menos discurso
- Gente como a gente
Antes de definir, teste versões com o seu público. Ouça como ele reage. Um bom slogan é aquele que as pessoas repetem espontaneamente. Em campanhas profissionais, ele é o primeiro passo para uma mensagem marcante.
Quando o slogan vira música: do texto à emoção cantada
O jingle é a emoção cantada da sua campanha. Ele traduz em ritmo, voz e melodia aquilo que o slogan afirma. E tem um poder simbólico fortíssimo: transforma a mensagem em experiência sensorial.
Um bom jingle deve:
- Ter melodia simples e fácil de lembrar
- Usar linguagem popular, próxima da base eleitoral
- Escolher vozes e instrumentos que combinem com a identidade do candidato
A emoção está no centro do jingle. Um candidato combativo pode usar batidas rápidas e refrões energéticos. Um candidato comunitário, por outro lado, pode optar por melodias que remetam à família, esperança e tradição.
Repetição: o caminho para virar marca
Não basta criar. É preciso repetir.
Um bom slogan só vira marca se for repetido até se tornar natural para o eleitor. E isso significa:
- Inserir a frase em todos os materiais de campanha
- Repeti-la em discursos e entrevistas
- Usá-la como chamada em redes sociais
- Estimular que a equipe também a utilize na comunicação
Quando o slogan é cantado no jingle, falado pelo candidato e estampado no santinho, ele deixa de ser apenas uma frase: vira um símbolo de identidade. É assim que se constrói memória política.
Gatilhos emocionais e a força do simbólico
A neurociência e o marketing político já comprovaram: o eleitor decide com emoção, e justifica com razão. E o que emociona é aquilo que toca.
Slogan e jingle funcionam como gatilhos emocionais. Eles ativam memórias, sensações, pertencimentos. Eles fazem o eleitor sentir antes de pensar.
A memória política é sonora. Campanhas bem-sucedidas criam “trilhas sonoras” que acompanham o eleitor mesmo depois do fim da eleição.
Conclusão: transforme sua ideia em canto popular
Campanhas que deixam marcas são aquelas que conseguem transformar suas ideias em palavras que tocam e sons que ficam.
O bom slogan é aquele que o eleitor repete sem perceber. O bom jingle é aquele que ele canta mesmo sem querer.
Se você quer vencer, comece por emocionar. Essa pode ser a diferença entre ser esquecido e ser lembrado.