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As Fases da Campanha Eleitoral

Todo mundo quer sucesso na campanha eleitoral, isso é fato. Mas para que uma campanha seja bem-sucedida é preciso pensá-la de forma fragmentada. São as fases da campanha eleitoral: períodos menores onde determinadas ações devem ser tomadas antes de passar para o próximo período.

 

Organizar as tarefas em etapas permite trabalhar com metas de curto prazo, com ações localizadas e respeitando o aquecimento natural do período eleitoral.

 

Cada etapa corresponde a um problema a ser resolvido, cada problema tem um determinado prazo para ser solucionado antes que se passe para o próximo, afinal, como diz o ditado popular: não dá para passar o carro na frente dos bois.

 

Por isso eu separei as fases da campanha em 4 períodos, que são:

  • O início;
  • O fortalecimento;
  • O desdobramento;
  • E o fechamento.

Cada campanha tem as suas peculiaridades e a gestão de tempo é definida de acordo com a agenda e perfil do candidato, não há uma regra. Entretanto, é fundamental que não se pule nenhuma etapa, por menor e menos expressiva que a campanha seja.

Vamos as fases:

 

– Primeira fase –

Início:

 

Na primeira fase da campanha o político lança a sua candidatura, apresenta-se à comunidade como candidato a determinado pleito. Neste momento é importantíssimo a divulgação sistemática.

Precisamos tornar o candidato conhecido pelos eleitores.

Preciso salientar: apesar de chamar de início, este momento não é a primeira ação. É apenas a divulgação pública da candidatura. O planejamento da campanha se faz na pré-campanha. Lembre-se disso.

O lançamento da candidatura deve ser um evento importante nesta corrida eleitoral. É um ato onde o político tem a oportunidade de causar a primeira boa impressão.

Neste momento o candidato projeta a sua imagem, o seu posicionamento e o foco da campanha.

Portanto deve-se produzir um evento expressivo, com convidados importantes que darão à candidatura o fortalecimento necessário neste primeiro momento.

É interessante convidar figuras importantes da região. Sejam políticos, presidentes de bairro, cabos eleitorais respeitados pela comunidade. São essas figuras que indiretamente robustecem a imagem do candidato.

Atrair a mídia é um fator importante, portanto deve-se convidar os veículos de impressa para cobertura deste evento. E contar com a cobertura da equipe de comunicação do candidato, também. Tudo precisa ser fotografado e filmado para uso posterior.

Para que não haja nenhum contratempo é fundamental que se escolha uma data que não choque com nenhum outro evento importante na região.

O ponto alto deste dia deve ser o discurso do candidato.

Este não é o momento de lançar todo o plano de governo. Agora é a hora de manter um clima animado e descontraído.

O discurso deve ser pautado numa breve apresentação da campanha (uma síntese curta), na felicidade que o candidato está em representar o seu povo a razão pela qual está nesta disputa e suas propostas (também sem delongas).

O início da candidatura não se resume ao evento de lançamento. É preciso repercutir esse dia nas mídias, tanto online quanto offline. Chegou o momento de utilizar o material capturado pelo profissional da equipe do candidato. Fotos, vídeos, material gráfico… todos esses recursos devem ser divulgados nas mídias em geral.

Os dias posteriores ao evento também servem para visitar os bairros, conhecendo as figuras de expressão da região (presidentes de bairro, comerciantes, diretores escolares…), visitando, também, associações de moradores, unidades de saúde, ou seja, todo lugar que seja coeso com a candidatura.

O objetivo é tornar a candidatura conhecida e alcançar a maior repercussão possível.

Partimos, então, para segunda fase da campanha

 

– Segunda fase –

Fortalecimento:

 

Campanha lançada e conhecida é hora de fortalecer os vínculos – nas ruas –

O fortalecimento acontece, primeiramente, com os seus apoiadores (amigos, bases eleitorais, militantes, líderes de associações de bairros, políticos apoiadores…) e só então buscar o olho no olho com o eleitor.

Eleitor gosta de atenção. Ninguém quer votar em alguém que não está disposto a ouvir suas queixas. O candidato deve ser esse ombro amigo.

É muito importante o candidato estar na rua, mas campanha é só isso? – Claro que não.

As mídias digitais têm um alcance incrível é e imperativo utilizá-las. Consolidar uma imagem política e atingir o maior número de eleitores. Este é o desafio na comunicação online. Uma equipe de comunicação faz toda a diferença neste momento.

Aliás, ter uma equipe de profissionais, por menor que ela seja, é um fator muito importante. Por mias baixo custo que seja uma campanha, não dá para ganhar eleição com a chamada EUquipe. Candidato sozinho não chega lá.  E é possível sim ter uma equipe de baixo custo de qualidade.

E uma equipe qualificada é fundamental para a terceira fase, que é um desenrolar da segunda.

 

– Terceira fase –

Desenvolvimento:

 

Aqui a campanha (propriamente dita) acontece. Uma vez que o nome do candidato tem uma relativa força, um potencial alcance, isso se a fase anterior tiver sido concluída com êxito, é hora de decolar.

A campanha começa a criar ritmo, a agenda precisa estar lotada de atividades.

O candidato deve utilizar cada segundo da sua agenda de forma produtiva. Estar no máximo de lugares possível. Extraindo o melhor de cada situação.

O candidato PRECISA ser atuante, tanto online como offline. A gestão de tempo em uma campanha é a chave de ouro, pois ele é curto e não volta atrás.

Neste momento a produção de conteúdo deve ser em massa, a presença digital deve ser contínua, e nas ruas também. Alimentar as mídias com as agendas do candidato mostra ao eleitor um candidato proativo, incansável, capaz.

Entretanto, o conteúdo (e as ações) não devem ser produzidos a esmo. O candidato não deve gastar jogar a sua melhor carta no início da partida. É importante esperar o momento ideal, o ápice da campanha, onde as movimentações estão a pleno vapor.

Chegamos então na última fase.

 

– Quarta fase –

Fechamento:

 

Este é o momento de jogar aquela carta guardada. O que te faz tão especial? Use essa particularidade, chegou ao ápice da campanha!

É imperativo manter a imagem de campanha vencedora. Promover passeatas e carreatas, mobilizando o maior número de apoiadores possível mostra força, autoridade.

O trabalho deve ser visível, o eleitor precisa ver a grandeza da campanha. Repito, mesmo que seja uma campanha de baixo custo, o candidato deve mobilizar o maior número de apoiadores que conseguir.

Este momento requer muito planejamento, afinal é um tempo curtíssimo. As ações não podem ser pensadas quando o momento chegar. É claro, sempre há alguns imprevistos e surgem novas demandas. Entretanto é necessário que pelo menos 80% das ações sejam realizadas com planejamento estratégico.

Nesta última fase é mais que necessário que o candidato esteja na rua, cara a cara com o eleitor. Conversando, ouvindo e propondo. Mas, as mídias digitais devem repercutir toda e qualquer ação que ele faça, para que aquela determinada ação não impacte apenas o eleitor daquele bairro que ele visita por exemplo. Afinal, é praticamente impossível visitar todos os lugares. O eleitor precisa ver a movimentação daquela pessoa.

Esta movimentação deve acontecer até a véspera da eleição.

 

Pronto. Chegamos ao final deste alvoroço chamado campanha política.

 

Estou certo de que findando casa fase com cautela, planejando as ações futuras de forma analítica, este ano, por mais corrido que seja, será de grande proveito e aprendizado para todos os envolvidos.

E se você gosta de planejar estrategicamente seus passos políticos, não pode perder o nosso podcast, o República Cast, lá você encontra as melhores dicas e notícias sobre marketing político.

 

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