O marketing digital é uma tendência indiscutível. São diversos os campos que o utilizam atualmente, em infinitas maneiras de aplicação. Uma delas, que está em crescimento constante, é o marketing político digital. O grande trunfo do marketing político digital é que pode ser usado em qualquer tempo. Mas o sucesso nessa empreitada está ligado a construção de narrativa e reputação ao longo do tempo. É primordial antecipar-se à campanha e fazer a construção da imagem.
As condições que antes garantiam uma boa reputação e popularidade são coisas do passado. Campanhas luxuosas, marqueteiros com poderes mágicos e as coligações partidárias perderam relevância e, de agora em diante, a estratégia por trás da comunicação precisa estar completamente alinhada a uma definição de uma narrativa consistente.
É importante manter os eleitores e a sociedade civil como um todo, informada a respeito dos esforços do mandatário eleito durante a sua atuação. A candidatura e o posicionamento dos candidatos e dos políticos já eleitos e empossados, são momentos que envolvem uma complexidade de informações que devem ser organizadas e orientadas constantemente.
Atualmente, houve uma profunda mudança na forma de produzir e consumir conteúdo na internet. Novas demandas que envolvem expectativas de eleitores, diálogo e projetos para atender cidadãos e a sociedades são diárias e devem ser acompanhadas pelos políticos também pelos meios digitais.
É fundamental que o indivíduo político mantenha o seu público próximo e informado durante as eleições e durante o mandato, caso eleito. É essencial manter os canais próprios de comunicação digital atualizados, com o objetivo de informar e dialogar com os cidadãos.
Lições aprendidas nas eleições 2018 e 2020: A vez do digital
O marketing político digital, sempre deixa profundas lições a cada eleição, crise política e manifestação política por parte dos mandatários e da sociedade.
A boa campanha obedece etapas que necessitam tempo de trabalho: Construção de imagem, aderência e conversão. A maioria dos políticos ficaram aguardando as tardias convenções partidárias e a chegada do fundo eleitoral para efetivar sua atuação no ambiente digital. Definitivamente, não há milagres que se possa fazer com 45 dias de campanhas. A internet é uma ferramenta poderosa demais para ser usada apenas como uma acessório complementar.
Um dos aprendizados é a necessidade de criar conteúdos focado nos canais/redes, respeitando as características de cada uma. Não se transpõe a campanha política de rua (off-line) para o digital. Vídeos com cara de horário político, santinhos, feliz dia do pedreiro, fotos da carreata, etc. Este tipo de conteúdo não se impulsiona. O material digital deve ser pensado exclusivamente visando o targeting.
Ao compreender o comportamento do cidadão nas redes sociais e na internet como um todo e enxergando a evolução dos conteúdos, devemos lembrar que uma campanha digital qualitativa que impacte positivamente nas eleições e, posteriormente, no cotidiano político e social da sociedade não começa da noite para o dia.
É fundamental segmentar bem os públicos. Produzir conteúdos voltados a públicos e não somente para regiões. Os filtros do Facebook são poderosos o suficiente para que busquemos atingir o público exato consumir de um conteúdo premium, ao invés de gerar conteúdo genérico para cobrir uma ou poucas regiões.
Ao compreender o comportamento do cidadão nas redes sociais e na internet como um todo e enxergando a evolução dos conteúdos, devemos lembrar que uma campanha digital qualitativa que impacte positivamente nas eleições e, posteriormente, no cotidiano político e social da sociedade não começa da noite para o dia.
A grande lição das últimas campanhas, é o planejamento e a velocidade dos conteúdos. A campanha eleitoral deve seguir etapas contidas. O planejamento de uma campanha política envolve construção de imagem, aderência, conversão e estudos de comportamentos. Ela não pode ser feito em trinta dias ou em cima da hora.
Atenção para não transformar sua presença digital, apenas, num repositório para materiais impressos produzidos na campanha. Não reaproveite o material off-line para distribuição presencial para o conteúdo digital. Escanear o santinho impresso e colocá-lo numa rede social por exemplo, não funciona. Isso não é marketing político digital.
Ouça esse podcast do República Cast com um balanço das eleições 2020:
A Importância do planejamento no marketing digital
A0 elaborar e aplicar um plano de marketing digital, deve buscar impactar o cidadão em diferentes canais, compreendendo que cada um dos canais de comunicação digital, apresenta particularidades e que podem se complementar de maneira construtiva na formação da identidade do cidadão político, que se torna candidato e eleito.
Quando todos os canais estão projetados e alinhados, sempre utilizados para trabalhar no mesmo objetivo, reunindo vários esforços para uma comunicação integrada e profunda, a complexidade do planejamento poderá atender expectativas e atingir melhores resultados, reduzindo custos e ruídos de comunicação.
O primeiro passo é analisar o ambiente social no qual será inserida a candidatura e a mensagem do candidato, bem como o conteúdo que ele veiculará durante o seu mandato, caso seja eleito. No caso do mercado, por exemplo, para atender a divulgação de um produto, o planejamento visa compreender a situação na qual a marca será inserida.
A inserção é um ponto crucial para o início da aplicação do planejamento. Como as mensagens e o candidato serão apresentados inicialmente para o público? O fato de introduzir de forma respeitável e impactante pode ajudar bastante, sendo fundamental entender e conhecer as verdadeiras demandas da sociedade. Essa parte precisa ser analisadas no processo de estruturação do planejamento de marketing digital pertinente.
Verifique como a imagem do político será percebida pelo público, e pelos setores envolvidos com as suas propostas de campanha e propostas de lei. Muitas oportunidades podem ser analisadas e exploradas pela campanha. Dessa forma ficará mais nítido dar os primeiros passos.
De maneira dinâmica, é importante observar os políticos e partidos concorrentes, sempre sabendo identificar os concorrentes diretos e indiretos. Verificar a estratégia de marketing que estão usando, observando o que estão fazendo, como estão se comunicando. Depois, é indicado realizar levantamento de informações a respeito do público que se pretende atingir, para obter votos ou apoio.
Ainda na aplicação do planejamento, é importante determinar todos os objetivos com muita precisão, procurando criar ou manter a conscientização da marca política, partidário e de propostas do político.
O marketing político digital é regido integralmente para os objetivos, o que você pretende ou quer conquistar. É impossível trabalhar de maneira intuitiva, sem acompanhar as evoluções dos dados, do comportamento do eleitor e dos diferentes ambientes sociais e políticos.
Para enxergar os objetivos é essencial medir os resultados para efetuar os ajustes necessários para a campanha e para a comunicação contínua. Ao mesmo tempo, no planejamento, é importante realizar a definição de orçamento e da verba de campanha a ser utilizada na aplicação do planejamento da comunicação e campanha digital.
Sabemos que em todo o processo há os estudos de contexto histórico, demandas sociais e econômicas, setores, comportamento do mercado e comportamento do públicos nas redes digitais.
Posteriormente, buscando a definição e aplicação de estratégias buscando aliar estruturas, estratégias e aplicação, realizando uma articulação clara e concisa de como suas ações serão executadas para que seus objetivos sejam alcançados a favor do político e de seus eleitores.
Sempre tendo em mente, quais canais possuem mais proximidade com determinado público e escolhendo a estratégia para executar o plano de mídias.
Ter uma equipe de trabalho capacitada/profissional
A presença de uma equipe capacitada e profissional ajuda bastante a desenvolver estratégias, objetivos e atingir bons resultados. A equipe pode ser formada por pessoas de diferentes formações, principalmente, das áreas de comunicação social, marketing, design e comunicação digital.
A equipe deve ser formada por pessoas de diferentes formações, principalmente, das áreas de comunicação social, marketing, design e comunicação digital.
É importante que a equipe trabalhe de forma harmônica em busca de objetivos comuns. Sempre reconhecendo o esforço da equipe, independente, do resultado das eleições e da atuação do político eleito.
O marketing político digital de alto nível exige a formação e manutenção de equipes de profissionais. Muitas vezes sendo importante reter talentos que possam contribuir com o processo de comunicação política. É importante manter a equipe de trabalho motivada perante os resultados de pesquisas eleitorais, das ações das Câmaras e Assembleias para manter a vontade de criar e atingir objetivos.
A evolução do trabalho em grupo, deve favorecer a motivação da campanha e a atuação política que, ao mesmo tempo, deve motivar a equipe de volta. Sabemos que o profissional que se sente valorizado pode oferecer o melhor de si em suas atividades cotidianas.
Na aplicação e elaboração de um projeto de comunicação a equipe motivada é um fator para que os resultados sejam atingidos.
Como fazer a gestão de relacionamento nas redes sociais
Os relacionamentos compõem as redes sociais. Através delas, o cidadão que é usuário de internet, pode se expressar sobre diferentes assuntos. Pode interagir com as pessoas, marcas, empresas e desde meados dos anos 2000 também com temas políticos e candidatos.
A rede social propicia a relação de um para muitos cidadãos e usuários. Ao publicar algo na rede social, é iniciada uma conversa. Um determinado conteúdo pode ser compartilhado quando o mesmo gera curiosidade, impacto, atende a uma necessidade e interesse por parte de diferentes pessoas.
Como há muita conversa, o candidato e o político que já possui um mandato deve perguntar e estudar junto com a sua equipe:
– Como fazer para ter uma relacionamento sólido com os meus eleitores?
– Como atrair mais adeptos?
– Como criar novas relações?
– Como utilizar as relações já existem a meu favor?
Essas perguntas ajudam a melhorar o entendimento, para buscar melhores resultados em ações de marketing de relacionamento aplicados para a área digital. O marketing de relacionamento também exige gestão, focando sempre nos colaboradores, apoiadores e nos demais agentes sociais que ajudam a desenvolver e disseminar ideias para o político.
Segundo Philip Kotler e Armstrong, o marketing de relacionamento significa criar, manter e acentuar sólidos relacionamentos com os clientes e outros tipos de públicos. No caso político, os outros públicos podem ser conceituados também como eleitores que recebem propostas, debates e desenvolvem diálogos sobre as ideias e projetos políticos.
No contexto do marketing de envolvimento, manter o contato e a proximidade visa transformar não eleitores em eleitores. A gestão de relacionamento nas redes sociais deve ser constante, tendo em mente que, quem recebe conteúdo também produz e posta, mesmo que seja no formato textual.
É comum, pessoas realizarem imagens e vídeos em seus celulares e postarem em seus perfis de modo público. Sendo normal, atualmente, determinados eleitores filmarem a visita de um candidato político em sua cidade e postar em sua rede social pessoal para os amigos. Esse tipo de conteúdo, além do conteúdo oficial do candidato, é feito de postagens de imagens e textos que geram engajamento com o público.
Na gestão de relacionamento para o marketing político digital é importante salvar todos os contatos em uma base de dados, para serem utilizados em novas ações futuras. A análise desses dados ajudam a perceber as reais opiniões dos visitantes e usuários em determinadas mídias, buscando aplicar estratégia que minimize essas reclamações e apresente soluções.
Nos dias atuais, o relacionamento pode determinar o sucesso de uma campanha e do cumprimento do mandato. Dessa forma o marketing de relacionamento precisa estar cada vez mais incorporado nas mídias online.
Afirmamos que marketing de relacionamento e a sua gestão não pode ser ignorada ou abandonada, principalmente, num ambiente concentrado em conversas e debates nas redes sociais. Através do relacionamento o projeto de marketing digital analisará pontos constantes para melhorar as estratégias que poderão dar certo e, consequentemente, gerar os resultados esperados.
A importância do banco de dados de eleitores/cidadãos segmentados
Para aplicar as ações de marketing digital e de relacionamento, é importante ter e administrar um banco de dados de eleitores e de seguidores. Porém, nunca é indicado a compra de listas prontas, é possível recolher dados de contato em reuniões políticas e formulários online.
As ferramentas de administração de dados são importantes nessas aplicações. Porém, certos políticos e candidatos não possuem um base de dados consistente e organizada. Muitos acreditam que não é necessário coletar dados de contato de forma autorizada e construir um banco de dados fidedigno. A compra de lista de emails e contatos de pessoas é considerada uma ação ilegal e não permitida pelas normas e leis eleitorais.
Diferentes estratégias podem ser desenvolvidas para gerar um banco de dados organizado e confiável. Sendo uma das atividades de altíssima importância para responder às solicitações dos eleitores, mantê-los próximos e informados. O banco de dados, além de otimizar os contatos ajuda a organizar a tarefa de veiculação de informação.
Os bancos de dados podem ser organizados em programas gratuitos ou pagos online ou instalados em máquinas seguras. O marketing político digital visa engajar e criar proximidade com os eleitores.
Para o político já eleito, o banco de dados pode ser atualizado continuamente a partir da atualização do site oficial e das redes sociais oficiais. Por meio de eventos e, também, respondendo os emails enviados pelos eleitores que apresentam ideias, propostas e reclamações via email.
Utilizando um software de gestão de banco de dados, é possível integrar os dados de forma efetiva. Essas ferramentas ajudam a registrar todas as interações com cada um dos contatos, propiciando o controle de demandas e os status de cada uma das mensagens, permitindo agendar retornos e históricos.
Ao responder os eleitores, é importante também criar respostas personalizadas para cada tipo de situação e, em momentos certos, solicitar permissão para incluir o e-mail de contato, na lista de e-mails para uso das mensagens que o político costuma enviar periodicamente para seus eleitores e apoiadores.
Saber responder os eleitores é essencial para fazer parte do cotidiano deles, mantendo-os informados com proximidade. Determinados parlamentares, por exemplo, agem errado quando não respondem a determinadas mensagens ou quando não treina a sua equipe de gabinete para saber responder e orientar as mensagens.
Cada mensagem é uma oportunidade para enxergar as demandas dos eleitores no período eleitoral e posterior à eleição. Além de ser uma oportunidade para renovar o banco de dados de eleitores, a informação do cidadão é uma oportunidade para enxergar novos desafios e oportunidades para elaboração de novos projetos que beneficiem a sociedade.
Portanto, o banco de dados exige administração, estruturação, atualização e utilização através de softwares confiáveis e seguros. O candidato em período de eleição e o político já eleito, deve evitar a compra de lista prontas que oferecem contatos de cidadãos como email, nome, endereço e telefone para evitar spam e problemas éticos que possam envolver processos judiciais.
O papel do site em uma estratégia de marketing digital
Para o marketing político digital, devemos considerar que os sites institucionais e de campanha ajuda a criar um elo de contato entre o cidadão e o político. O site consegue apresentar as propostas, imagens, fotos, histórico social e político e demais características do candidato durante as eleições e depois das eleições.
É importante ressaltar que o planejamento do marketing político digital deve ter suas estratégias alinhadas para o site. Lembrando que todas as estratégias aplicadas nas redes sociais também precisam estar interligadas com o conteúdo do site.
Aparentemente, o site pode parecer uma mídia estática mesmo sendo atualizado sempre de forma periódica, mas ajuda a enraizar as fontes de informações do candidato, do mandatário parlamentar e do partido.
A importância dos sites comerciais e institucionais começou nos anos 1990, a partir do início da popularização dos websites. Devemos lembrar que a Internet teve seu início nos EUA nos anos 1960, mas no ano de 1989 as iniciais WWW (World Wide Web) foram criadas por Tim Bernes-Lee e se destacou para simplificar o processo de digitação dos endereços de páginas e arquivos.
Na época de sua criação no final dos anos 1980, o objetivo era facilitar a geração de uma rede, para que universidades compartilhassem e usassem mutuamente diversos trabalhos em rede. Com a popularização da Internet e do acesso de sites a partir dos anos 1990, o acesso de sites começou a atingir milhares de pessoas em todos os países.
Nos anos 1990, a Internet era percebida somente como um local de armazenamento e compartilhamento específico de informação. Os primeiros jornais digitais e as primeiras lojas virtuais dariam seus primeiros passos em meados da última década do século XX.
Inicialmente, os sites cumpriam a função de armazenar e oferecer o compartilhamento de arquivos, mas com o tempo foram aperfeiçoados para terem um design que aprimorasse o visual e a experiência do visitante oferecendo mais funcionalidades.
Com a disseminação da conexão via banda larga nos anos 2000, os sites se tornaram mais acessíveis, mesmo tendo imagens e vídeos pesados, o que propiciou o surgimento de redes sociais, cujos sites apresentam sobrecarga de informações, design, funcionalidades e conteúdos.
Mas voltando ao marketing digital aplicado à elaboração e publicação de sites, os mesmos passarão a ser utilizados como meio de divulgação, contato e de ferramentas de valor. Quando falamos em marketing digital aplicado para a área política, o site pode ser usado para apresentar o candidato e suas propostas, a sua evolução no cenário político e projetos de lei.
O site também pode ter em seu conteúdo, um blog oficial para publicar e veicular artigos do candidato em processo eletivo ou já eleitos, vídeos e demais informações sobre suas ideias e atuações.
Todo esse conteúdo produzido para o site e para o blog podem ser compartilhados nas linhas de tempos das diferentes redes sociais oficiais do político. Por outro lado, o próprio site pode veicular os vídeos postados no YouTube, apresentar os links para as principais redes sociais do projeto político descrito, e permitindo interação envolvendo o site oficial da campanha, ou do político que cumpre o mandato parlamentar.
O Que é SEO e como usá-lo em sua estratégia
Além de pagar por anúncios no Google e nas redes sociais para destacar conteúdos, é possível gerar audiência de forma orgânica, postando artigos e demais tipos de conteúdo que atraiam o interesse.
Mesmo assim, é possível utilizar técnicas de otimização de conteúdos (SEO), para que os links principais do candidato e do político apareçam organicamente nas primeiras posições do Google.
O marketing político digital também atua nas otimizações, selecionando temas de artigos e vídeos, adicionando palavras-chaves adequadas para indexar as páginas e postagens nos motores de busca e aperfeiçoando a descrição dos conteúdos.
De maneira prática, o SEO é compreendido como um conjunto de métodos, que permitem a aplicação de estratégias, para que a busca orgânica do conteúdo, tenha um bom desempenho na Internet.
A otimização ajuda a impactar na velocidade do carregamento de página e na posição que ela alcançará nos resultados do Google. A utilização dessas estratégias é fundamental para as pessoas encontrarem não somente o site oficial do político, mas determinado artigo que aborda aquele assunto importante, publicado no blog oficial do candidato, por exemplo.
Esses resultados de otimização impactam no posicionamento digital da campanha e da atuação política perante os visitantes e eleitores. Afinal, será muito ruim que o site e o blog do concorrente apareça na frente nos resultados do Google. Além das formatações de SEO, é importante durante a campanha eleitoral, a seleção de temas que sejam de interesse da população para veicular no site, no blog e nas redes sociais.
Os eleitores esperam que o candidato aborde e publique conteúdos sobre saúde, segurança, transporte, mobilidade urbana, segurança pública, igualdade de gêneros, salários, emprego, entre outros.
Sabemos que as regras para a propaganda e publicidade políticas, são muito rígidas para manter a isonomia durante as eleições. Mas, através de conteúdos fortes, que atraem o interesse dos eleitores e que sejam consolidados é possível através de sites, blogs e redes sociais construir a reputação do candidato muito antes de qualquer indivíduo pensar em eleições.
Portanto, as práticas de SEO devem ser inseridas antes das eleições e, no caso de um político já eleito cumprindo mandato, antes da apresentação e aprovação de uma proposta de lei.
Antecipar é importante para reforçar as ideias e propostas de campanha e mandato. Considerando que o conteúdo otimizado, funciona para mecanismos de busca através de postagens constantes nas principais plataformas de conteúdo.
Isso torna a candidatura e as tarefas públicas mais proativas em relação aos problemas mais frequentes enfrentados pela população, transformando o candidato numa forte referência no dia a dia dos cidadãos, o que fortalece a presença do indivíduo que se candidata e que se elege, na vida cotidiana da sociedade.
Mesmo quando não é eleito, as propostas e os conteúdos podem ser mantidos no site, no blog oficial e nas redes sociais do político, para servirem de histórico e de atração de audiência para novos pleitos.
É importante, ao atualizar um blog e um site informacional com artigos, determinar as palavras-chaves mais procuradas sobre determinado assunto na internet. É importante construir conteúdos em torno dessas palavras-chaves, para publicar no blog do candidato e nas redes sociais oficiais de campanha.
Principalmente, com a consciência de que o uso excessivo das palavras-chaves, pode ser considerado como uma prática abusiva para o Google, gerando risco de anulação do artigo pelo motor de buscas.
As palavras-chaves podem ser inseridas no conteúdo do artigo, nas descrições de vídeos e imagens, e nos títulos e subtítulos de artigos sem muita repetição.
As aplicações de SEO também exige o uso de URLs fáceis e amigáveis. Por exemplo, não é necessário colocar o nome inteiro e completo no registro do domínio do candidato e do parlamentar. Se o nome do candidato é, ficcionalmente, “Zezinho professor” o endereço poderá ser www.zezinhoprofessor99.com.br, por exemplo.
Ainda em relação ao domínio, o mesmo pode servir para o blog e as redes sociais. A URL é o endereço eletrônico do candidato, portanto, sendo importante inserir o nome popular dele, pois o endereço não pode ficar muito longo.
O mesmo se aplica para as redes sociais. No facebook, por exemplo, na página oficial coloque www.facebook.com/nomedocandidato.
O mesmo padrão de nomes pode ser utilizado nas outras redes sociais, para manter uma noção de unidade para os eleitores e para o Google.
Como usar o e-mail marketing para políticos
Acima falamos do banco de dados, seguindo as orientações certas de administração de dados de contato, o marketing político digital permite o uso do email marketing.
Os candidatos a um cargo político, podem enviar mensagens de e-mails para seus eleitores cadastrados previamente. Geralmente, as pessoas recebem e-mails de promoções de produtos e serviços, mas durante as eleições tem sido comum receberem emails com propostas e agenda de eventos políticos.
É importante que os endereços de e-mails sejam recolhidos de maneira autorizada, como explicado anteriormente, para não ferir ética de campanha prevista na lei.
O marketing digital não é spam, ele é um conjunto de ferramentas e metodologias profissionais que visam gerar conteúdo e entregá-lo de maneira correta para o público certo. Portanto, não adianta enviar postagens, publicações e e-mails para pessoas erradas que não aceitam e recebem tais mensagens.
O e-mail marketing exige o uso de uma lista de e-mails autorizados, jamais compre listas prontas. O conteúdo pode ter a mesma identidade visual do site oficial, os principais links para o site, para o blog e para as redes sociais.
A evolução dos softwares de e-mail marketing tem permitido ferramentas de personalização, portanto o email marketing voltou a ser considerado como uma maneira eficaz de se comunicar com as pessoas, por meio de uma troca direta e autorizada de mensagens.
Quando o envio é permitido, a mensagem não é considerada como spam. A comunicação pode ser solicitada através de um cadastro no site ou por meio de uma landing Page, em eventos e até mesmo pelas redes sociais. Dessa maneira, o candidato poderá manter comunicação assertiva e direta com seu público-alvo, diferente das redes sociais que podem atrair admiradores e inimigos.
O email marketing também permite o uso de estratégia inteligente e integrada, com as demais plataformas, gerando mais proximidade com os eleitores e conquistando novos seguidores e novos eleitores, permitindo ouvir suas necessidades e renovar a rede de apoiadores.
Evite comprar lista prontas, pois além de não ser ético, as lista podem conter emails inexistentes e ultrapassados. As listas prontas podem ser perigosas para quem as envia, a mensagem poderá ser considerada spam, cair em mãos erradas e até mesmo ser distorcida por desconhecidos que não solicitaram a mensagem.
Se um candidato é reconhecido publicamente por enviar spam, mesmo que seja por um erro técnico, isso pode sujar a sua imagem e a sua campanha, atrapalhando os seus objetivos de ser eleitos. Em épocas de polarização de política e opinião ideológica, qualquer erro ou acusação pode alimentar fake news e desentendimentos, que podem destruir uma campanha bem projetada e até mesmo o perfil de um candidato.
Quando o site do candidato é bem feito e atraente, as pessoas naturalmente se inscrevem no formulário do site para receberem informações de forma autorizada. As pessoas, voluntariamente, solicitam os envios de e-mails gerando captação ativa, como as assinaturas de newsletter do blog, através das landing pages redirecionadas das redes sociais, e por meio dos pop-ups site de campanha.
O e-mail marketing permite o envio segmentado de público. Por exemplo, para falar sobre educação, envie mais e-mails para professores e estudantes, por exemplo. A segmentação também pode ser feita, no caso de um deputado federal, por exemplo, por cidades e regiões.
Os disparos de emails precisam ter objetivos como o de aumentar o número de seguidores nas redes sociais, divulgar informação relevante, recolher de forma autorizada solicitações dos eleitores, gerar conversa ou um debate, fortalecer o nome e a imagem do político, criar uma rede de apoiadores e de pessoas engajadas, aprimorar o relacionamento com os eleitores e informar de maneira direcionada.
Atualmente, é possível monitorar os resultados verificando quem abriu a mensagem, quantos cliques determinado link recebeu, a taxa de rejeição, taxa de erros, número de downloads e demais estatísticas.
Elabore um calendário editorial e a produção de conteúdos
Sabemos que organizar e planejar é essencial para o sucesso de uma estratégia de conteúdo. Para o marketing digital elaborado para campanhas políticas e políticos eleitos, é importante projetar um calendário editorial para a produção e publicação de conteúdos.
Sendo necessário verificar os temas, a recorrência e a relevância de conteúdos. O site e o blog, por exemplo, em épocas de campanha política, podem ser atualizados diariamente junto com as redes sociais. Em épocas de apresentação de ideias de pré-campanhas ou durante o cumprimento dos mandatos, a periodicidade poderá ser mantida como diária ou ser mantida semanalmente.
O importante é manter a entrega de informação com disciplina para o público-alvo, que segue o candidato e o político. Para fazer a diferença, o conteúdo deve ter um calendário editorial e uma periodicidade. Antes da campanha, o candidato pode ter e alimentar o seu blog profissional com assuntos que já são abordados na pré-campanha, e que poderão ser aprofundados durante as eleições, por exemplo.
Para o marketing político digital, é possível projetar com antecedência o que será produzido, além de estruturas outros pontos fundamentais de uma ação de conteúdo digital direcionado e abrangente.
O calendário pode ser organizado no Excel, mas há outros softwares pagos e gratuitos que agilizam o planejamento e o cronograma das publicações. No Google Drive, por exemplo, temos o aplicativo Calendar que auxilia a planejar o cronograma das publicações.
O projeto de cronograma de publicações ajuda a produzir um calendário editorial de conteúdo, o que ajuda o profissional responsável e fortalece o objetivo do marketing.
O cronograma junto com o planejamento de conteúdo deve ajuda a identificar o público-alvo; os objetivos com o conteúdo como gerar tráfego, atrair audiência, aumentar autoridade; quais canais serão usados como o site, blog, redes sociais, entre outros; formatos de conteúdos que podem ser vídeos, artigos e imagens; temas e assuntos; métrica e dados a serem monitorados.
Em relação ao conteúdo, essa é considera uma relação simples de um visão estratégica de conteúdo.
Melhores práticas/ferramentas de métricas em marketing digital
O marketing digital pode ser monitorado através de métricas que apresentam o resultado quantitativo de acessos aos sites, blogs e redes sociais. Sabemos que as redes sociais, por exemplo, são essenciais para o posicionamento de uma marca em diferentes áreas de divulgação e envolvimento.
Mas, é necessário saber quem realmente acessa determinado conteúdo, e se aquele tema em questão ainda atrai a atenção das pessoas na Internet em relação às propostas de um candidato político, e de um mandatário parlamentar.
Veja a seguir, as seis principais ferramentas de monitoramento mais usadas no mercado da Internet, para monitoramentos e que podem também ser usadas para conteúdos políticos.
Ferramenta zMonitor
Esse aplicativo é uma plataforma completa de social media. Utilizado para monitorar owned media e earned media sobre sua marca, produtos, concorrentes e comportamento na Internet. Ela mede interações, performance e pesquisa.
Hootsuite , uma ferramenta de administração completa
O Hootsuite possui mais de 10 milhões de usuário no mundo. É um serviço que oferece administração de todas as redes utilizadas pelo usuário. Auxilia, por exemplo nas postagens e nos seus agendamentos.
No Hootsuíte existem quatro planos de serviços, o Hootsuite Professional (individual), Team (para times entre um e cinco usuários), Business (pequenas e médias empresas) e Enterprise (empresas de grande porte).
Para localizar o público certo, use o Crowd Booster.
Essa ferramenta é usada para análise de dados de performance em redes sociais. Visa otimizar ações de marketing digital. Ele oferece a atualização automática e criação de relatórios.
Oktopost ajuda na criação de leads
Essa ferramenta atua no agendamento e o acompanhamento de performance do conteúdo postado nas redes sociais. Porém, é mais agressivo para buscar leads. Promete preencher o vazio entre a produção de conteúdo para social media e a geração de leads.
MeetEdgar
Essa ferramenta permite reutilizar postagens menos visitadas realizando repostagens de maneira autônoma nas plataformas. É um ferramenta de republicação inteligente.
Ouça esse episódio do República Cast e aprofunde o assunto:
Conclusão sobre Marketing político digital
Portanto, devemos considerar as complexidade da elaboração de projeto de marketing político digital, sempre focado na qualidade do conteúdo e no envolvimento positivo com o público que o acessa.
A transparência que o candidato político procura construir em sua vida pública, precisa se fortalecer na Internet, nas plataformas digitais de comunicação e nas redes sociais.
Sempre importante buscar e manter proximidade com os eleitores e admiradores da campanha, não somente nas eleições, mas depois da realização dos turnos eletivos, independente de ser eleito ou não, mantendo o público sempre informado para seguir propostas e ideias para futuras eleições.
Para o candidato eleito, manter o eleitor informado sobre suas ações como governante ou parlamentar é crucial para o presente e para o futuro de suas propostas políticas a favor da sociedade.
Atualmente, o eleitor sempre busca informações, compara candidatos e propostas que deram certo ou não em seu cotidiano comum. O candidato político, mesmo durante o seu mandato, deve sempre ouvir as opiniões da sociedade.
A cada nova eleição, as estratégias de marketing político digital, mostram que interagir com os eleitores e responder aos seus anseios antes e depois do pleito, garantem uma campanha bem sucedida sempre.