Tráfego pago é o uso de anúncios na internet para atrair mais visitantes para o seu blog, site ou perfil nas redes sociais. Quando bem feito, de acordo com seu público-alvo, essa ferramenta de marketing digital impulsiona conteúdos de forma segmentada, ampliando o alcance, o reconhecimento e, até, as chances de vencer eleições.
Na corrida eleitoral para 2024, a utilização planejada do tráfego pago ajudará muitos candidatos a largar na frente. Seja você um deles!
Além de ser estratégia fundamental durante as eleições, o tráfego pago pode ser utilizado para divulgar mandatos, criar um branding político e durante a pré-campanha. Cada finalidade, porém, demanda que os anúncios sejam direcionados a diferentes públicos.
Apenas para citar exemplos, os anúncios podem chegar às pessoas com base em localização geográfica, idade, gênero, interesses e comportamentos online. Em campanhas políticas, isso significa que os candidatos podem se concentrar em alcançar o eleitorado que é mais provável de apoiá-los.
Testar, testar e testar
Uma das principais etapas do marketing político é a segmentação do público. Com o tráfego pago, é possível escolher com precisão quem receberá o conteúdo do candidato. Além disso, as métricas desse tipo de estratégia ajudam a delimitar ainda mais o eleitorado, frente à tendência de microsegmentação.
O tráfego pago é uma forma de testar cenários e escolher o caminho mais efetivo. Por exemplo, se você investir uma quantidade pequena de dinheiro em determinado conteúdo e direcioná-lo para dois públicos diferentes, será possível analisar qual fração mais engajou com a mensagem. Mas essa estratégia demanda tempo. Por isso, é tão importante começar antes a planejar, testar e conhecer seus públicos. A campanha inicia hoje!
O tráfego pago testado com antecedência também ajuda a economizar recursos lá na campanha. Isso porque o dinheiro para anúncios digitais poderá ser investido nos formatos e estratégias que funcionaram melhor.
Investir em clique ou impressão?
O custo por clique (CPC) e o custo por mil (CPM) são métodos de cobrança para anúncios no meio digital e podem ser aplicados em diferentes estratégias de marketing político. Resumidamente, o CPC é calculado de acordo com o número de cliques recebidos no anúncio. Já o CPM é mensurado em relação ao número de vezes em que o conteúdo foi exibido.
O CPM é empregado em campanhas de fortalecimento ou criação de imagem política. Essa estratégia é recomendada para políticos que ainda estão em fase de criar relevância e autoridade no meio digital. O CPC, por sua vez, é mais recomendado para garantir acessos na página, site ou perfil do candidato.
Onde anunciar?
Cada plataforma segue regras próprias para a publicização de políticos. Conheça as principais ferramentas de tráfego pago!
Google Ads
Quando quiser, na hora que precisar e na palma da mão, pesquisar no Google é parte do nosso dia a dia. Neste contexto dinâmico, aparecer nos primeiros resultados da pesquisa é chave para o sucesso de políticos (em mandato ou campanha), assim como de empresas. O Google Ads, através do leilão de termos e palavras-chave, garante que os anúncios sejam entregues para o maior número de buscas.
Essa ferramenta oferece diferentes métodos de publicidade para atender à sua estratégia. O anúncio pode ser exibido em posição de destaque na página de pesquisa do Google, sob a etiqueta “patrocinado”. Ainda pode ser veiculado em diferentes sites de interesse do seu público, por meio da rede de display, seja como texto, vídeo, gráfico ou outros formatos.
Aliada a outras formas de ranqueamento no site, como técnicas de SEO, essa estratégia é fundamental para gerar tráfego e alavancar a campanha. A plataforma exige, porém, que as propagandas políticas passem por um processo de verificação e incluam o nome de quem pagou pelo impulsionamento.
O Google Ads ainda oferece métricas para segmentar o público. Assim, os anúncios eleitorais podem ser direcionados conforme a localização geográfica, idade, sexo, temas e palavras-chave em sites, apps, páginas e vídeos.
YouTube ads
Plataforma que faz parte do Google Ads, o serviço de anúncios do Youtube é outra ferramenta importante para considerar para a sua estratégia. É possível segmentar o eleitorado por meio dos mesmos critérios adotados pelo Google, como localização, sexo, idade e palavras-chave.
São várias as opções de publicidade no Youtube. Os bumper ads, por exemplo, são anúncios curtos, de seis segundos ou menos, que aparecem antes dos vídeos e não podem ser interrompidos. Já os anúncios in-stream são maiores e podem ser saltados a partir de cinco segundos. Por último, o video discovery permite que seu conteúdo seja recomendado em outros vídeos relacionados, além de garantir boas posições na tela de pesquisa.
Há ainda o anúncio de masterhead, isto é, no topo da página inicial. Mas o YouTube não permite publicidade política nessa modalidade.
Anúncios do Facebook
Anunciar nas redes sociais é tão importante quanto impulsionar o resultado no Google. No marketing político, em razão da personalização das campanhas, essa estratégia chega a ser indispensável.
O sistema de tráfego pago do Facebook permite a criação de 11 tipos de anúncios com objetivos alinhados a reconhecimento, consideração e conversão. A partir disso, sua estratégia de marketing político pode adotar diferentes formatos, como imagens, vídeos, carrossel, stories e impulsionar publicações, como dark posts (ou posts ocultos).
Assim como no Google, os anúncios políticos no Facebook passam por um processo de aprovação e exibem aviso legal com o nome de quem pagou por eles.
Anúncios do Instagram
O tráfego pago no Instagram segue as mesmas diretrizes do Facebook, que pertencem ao conglomerado Meta. A principal diferença é o público de cada rede social. Assim, a segmentação se torna ainda mais necessária para economizar recursos e garantir tráfego.
Pergunte-se onde estão seus eleitores e priorize a rede social mais utilizada por eles. Atenção, também, para o formato e as tendências de conteúdo para cada meio.
TikTok e Twitter
O TikTok permite a veiculação de conteúdo político, mas proíbe a publicização desse tipo de vídeo. Assim, os candidatos devem adotar dicas de ranqueamento no aplicativo para conquistar tráfego orgânico, como o uso de hashtags e áudios mais utilizados.
O Twitter, até pouco tempo, também não permitia anúncios políticos na plataforma. Com a troca no comando da rede social, suas diretrizes também passam por mudanças constantes. No começo deste ano, o Twitter anunciou que planeja expandir esse tipo de publicidade. Vale a pena ficar de olho.
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Agora é hora de testar o tráfego pago na sua estratégia. Para conhecer mais ferramentas de marketing político, ouça o RepúblicaCast. Recomendo o seguinte episódio para saber mais sobre segmentação do eleitorado. Confira!