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Storytelling Político

Storytelling nada mais é que a arte de contar histórias. Arte essa que remonta à antiguidade humana, é um ato inerente ao ser humano; há inúmeras pesquisas que nos provam que desde os primórdios da humanidade histórias são transmitidas, com finalidades diversas: sejam de entretenimento, advertência, mas, principalmente, envolver indivíduos. O storytelling na política é extremamente importante, e vamos te explicar por que.

Se olharmos pela perspectiva de que todos desejam a atenção do eleitorado e são muitas mensagens atingindo esse eleitor simultaneamente,  o que fará diferença nas urnas é aquele cuja história conseguiu se conectar com esse eleitor/alvo.

Pensando nisso, trouxemos uma série de dicas para te auxiliar na estrutura de uma boa história, confira:

Um storytelling político bem contado não tem o foco no passado, o desafio é voltar essa narrativa para o futuro.

Eu gosto muito de utilizar uma metáfora, que é: Dirigir uma  campanha se assemelha a dirigir um carro. Ou seja, devemos estar sempre atentos ao retrovisor, por que ninguém pode dirigir sem olhar para trás.

No entanto, o para-brisas é muito maior que o retrovisor, isso por que olhar para frente é muito mais importante do que para trás.

Algumas campanhas são pautadas nas vitórias e feituras do passado. Então, traga esperança, mostre que você tem uma trajetória que permitirá um futuro próspero.

O Storytelling político precisa ter um propósito.

Quantas histórias vemos os homens públicos contarem, que seguem um viés quase ficcional. Cheio de vilões, reviravoltas, altos e baixos, mas não tem um propósito.

Pense que essa história como um ato que levará sua posição moral ao seu receptor, que tem como objetivo levar receptor tomar uma decisão. Portanto, essa construção narrativa deve ser capaz de levar o ouvinte a assumir uma posição.

O storytelling político na era digital.

Sabemos que contar histórias faz parte do ser humano, e, com o advento da internet esse ato passou a ser muito mais dinâmico e simultâneo. Podemos, literalmente, transmitir nosso pensamento aos usuários das redes do outro lado do mundo em questão de segundos.

Além disso, minha história não termina no ponto final. Nas redes, ela continua sendo contada a cada interação, ou seja, cada comentário, curtida, compartilhamento promove no receptor uma ação de participante, de coautor.

Sem dúvidas a internet é o maior meio, atual, de disseminar histórias. É um palco aberto.

Entretanto, storytelling não é só contar histórias.

Ao longo dos anos descobrimos que não basta contar uma boa história para gerar frutos. Porém, tanto no campo empresarial (para vendas) quanto no político (para conversão e captação de votos), contar histórias pode ser enfadonho.

Existe sim uma estratégia para criar um storytelling. O primeiro passo é saber meu objetivo, no caso da política o objetivo é tornar o político a opção de voto. Segundo, descobrir para qual público o candidato deseja falar (a persona). Logo em seguida pensamos no enredo. O eleitor não busca histórias ideológicas, buscam, entretanto, boas narrativas, histórias reais com pessoas reais.

Não se esqueça do herói.

Toda boa história precisa de um herói, e na política esse papel é do candidato. Quais qualidades e habilidades meu assessorado têm que preenche os requisitos para salvar a região pleiteada? Toda história precisa levar em si a mensagem de que o meu candidato é íntegro e capaz.

Divida sua história e outras menores.

É muito interessante dividir suas histórias em temas, que sejam coesos com seus ideais e que no fim se conectem com uma mensagem central. Não seja monotemático! Por isso, mescle suas histórias entre: narrativas de esperança, medo (cenário caso a oposição vença), jornada do herói entre outros.

Adeque-se ao tema.

Os eleitores, normalmente, não querem histórias grandiosas. Pelo contrário, eles desejam algo mais próximo à sua realidade, histórias de habitantes locais, contadas de forma simples e objetiva.

Para esse público a eleição mais importante é a de prefeito e vereador, pois são essas figuras que podem, efetivamente, mudar a qualidade de vida imediata do cidadão. Consequentemente, uma narrativa de espectro nacional não o afetará diretamente, exceto em eleições majoritárias, claro.

Para isso utilizamos sempre do bom senso: se seu pleito é municipal, reduza sua narrativa ao município; se é estadual, amplie seu foco para o estado, e assim sucessivamente.

Em conclusão, para criar uma conexão com seu eleitor é preciso utilizar um filtro, por onde se seleciona a pessoa, o enredo e, acima de tudo, o objetivo.

 

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