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A campanha eleitoral Low Touch

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A campanha eleitoral low touch

Seja bem vindo a campanha eleitoral low touch ou low touch campanha!

O termo nasceu do ambiente econômico e busca demonstrar um novo cenário formado por novos hábitos e regulamentos, baseado na interação reduzida entre as pessoas e em restrições mais profundas de higiene. É a low touch economy.

O mundo pós-Covid-19 terá uma economia formada por novos hábitos e regulamentos baseados na interação reduzida e em restrições mais rígidas de higiene. Novas práticas e dinâmicas de trabalho devem se fortalecer, como home office, e-commerce e mais práticas da chamada low touch economy. E assim também será nas eleições.

A campanha eleitoral low touch ou low touch campanha é uma aceleração da tendência já em curso. Mas os impactos em 2020 serão impressionantes. Quem não se adapar, terá dificuldades de sobreviver as eleições 2020. Chegou o tempo da campanha eleitoral low touch ou low touch campanha.

A crise de COVID-19 está moldando uma nova geração de comportamento de eleitor.

O historiador Jared Diamond chama a atenção para três grandes aceleradores da história: revolução, guerras e epidemias.

Espera-se que o isolamento forçado e as restrições sociais de distanciamento, postas em prática durante a crise de saúde de Covid-19, tenham um efeito duradouro no mundo como o conhecemos. Ou devo dizer, uma vez que soubesse. Novas tendências que pareciam distantes foram colocados em prática num curto prazo.

O mundo pós-Covid19 terá uma economia formada por novos hábitos e regulamentos baseados na interação reduzida e em restrições mais rígidas de higiene.

Novas práticas e dinâmicas de trabalho devem se fortalecer, como home office, e-commerce e mais práticas da chamada low touch economy.

Isso não quer dizer que este novo mundo seja melhor ou pior. Apenas diferente. Com muitos comportamentos induzidos pelo isolamento, tornam-se hábitos arraigados que inauguram todo um novo conjunto de normas sociais.

Mudanças em curso

O relatório da Zoom Smart Data e do Board Innovation apontam algumas mudanças já em curso devido a pandemia:

  • Desconfiança sobre saúde e higiene

Com a experiência recente da covid-19, os cidadãos dificilmente confiarão facilmente em estranhos. Consumidores devem se tornar muito mais cuidadosos com pessoas e produtos, além de alterar a forma como interagem com eles. O foco deve estar na higiene e, principalmente, na reconquista da confiança do consumidor.

Serviços de delivery na China mostram a temperatura corporal do cozinheiro e do entregador em tempo real. Os aplicativos passaram a disponibilizar entregas sem contato físico. Entre 26 de janeiro e 8 de fevereiro, 80% dos consumidores chineses optaram por este método de entrega.

  • E-commerce e Delivery de Tudo

O resultado mais imediato da pandemia de Covid-19 é que todos os serviços estão tentando se adaptar à lógica do delivery. O varejo e os restaurantes são as principais indústrias que encontraram no e-commerce uma saída para se manterem relevantes.

A Rappi, startup colombiana de entregas, já calcula crescimento de cerca de 30% no número de pedidos na América Latina no primeiro mês de quarentena. Em setembro de 2019, o iFood atingiu a marca de 21,5 milhões de pedidos, totalizando 159,3 milhões desde o início do ano.

  • Home Office e Trabalho Remoto

Ficar em casa será algo completamente diferente.

Para muitas pessoas, a casa será mais um posto de trabalho, e é urgente que se encontre um novo balanço entre a vida privada e o horário de serviço. Se por um lado os gestores precisarão se qualificar na gestão de equipes remotas, por outro, as equipes precisarão encontrar formas de aumentar sua produtividade em casa.

Ferramentas online e equipamentos especializados para trabalho em casa devem ganhar relevância.

  • Solidão, Bornout e Ansiedade

As taxas de desemprego sobem assustadoramente. As pessoas são intimadas a ficarem em casa. O futuro parece nebuloso e incerto.

Esses são os principais gatilhos para a deflagração de doenças psicológicas como a ansiedade e a depressão. Além disso, até que as práticas de home office estejam estabelecidas, muitas pessoas terão problemas para se adaptar, o que pode levá-las a crises de Burnout.

Mais do que nunca, a psique precisa entrar na pauta das empresas e RHs.

Mudanças na polítca

Em Singapura é possível fazer todos os trâmites governamentais via solicitação online. Todos os governos estão movendo para esse caminho. Cada vez mais teremos ofertas de serviços governamentais online.

  • Sessões parlamentares online

No Brasil existia a anos projetos de lei para possibilitar a realização de sessões online. Bastou a chegada da pandemia e o projeto voltou a pauta e as deliberações de parlamentos em todo o mundo passam a acontecer online.

  • Mandatos parlamentares digitais

Uma parcela cada vez mais da classe política passará a utilizar o digital como plataforma fundamental de seu mandato, prestando conta e entregando conteúdo para os cidadãos e eleitores. A prestação de serviço dos vereadores e deputados passará, especialmente por uma digitalização.

Mais do que uma tendência o digital torna-se realidade nas campanhas eleitorais em 2020. O peso das estratégias digitais no custo das campanhas eleitorais assumirá o maior valor da sua história nessas eleições.

Quando virá o novo nomal?

Especialistas dizem que demorará entre 18-24 meses para voltar um novo normal, prepare-se. A crise da saúde desencadeia uma série de tremores secundários que afetarão a forma como os consumidores, as empresas interagem entre si e os eleitores com seus representados.

O que as campanhas eleitorais devem fazer enquanto isso?

  • Avaliação de impacto

Não vá direto para previsões que ninguém pode ter certeza. Entenda o impacto do coronavírus na percepção do eleitor sobre você, seu mandato ou pré-campanha. Em seguida busque a crise impactou os seus concorrentes, a sua região de atuação, o público alvo do seu trabalho e a sociedade em geral

  • Desenvolvendo a estratégia

A partir da avaliação do cenário busque traçar uma estratégia de curto e médio prazo para lidar com a crise e enfrentar a eleição vindoura. Com a mudança no perfil do eleitor, já no curto prazo, quais as mudanças de rota são necessárias no meu planejamento para conseguir êxito em meus projetos? Será que as estratégias que utilizei para minha pré-campanha e campanha até esse momento são capazes de dar conta da nova realidade imposta pelo coronavírus?

  • Planeje a próxima fase

É chavão, mas a crise é uma oportunidade. Seus adversários não terão a mesma visão e celeridade na hora de aplicar as mudanças necessárias já no curto prazo. Aproveite a sua vantagem e remodele sua estrutura de comunicação com o foco no “novo normal”, no novo espaço que será criado e nas novas oportunidades que surgirão.

  • Agora é a hora!

Questione os padrões estabelecidos, as formulas prontas das campanhas eleitorais até o momento, as práticas recorrentes no campo de batalha das disputas eleitorais. É a hora de reinvenção! Quem se adaptar, sai na frente.

Como adaptar a estratégia da minha campanha eleitoral?

  • Nesse momento:

-Alinhar o discurso da equipe e a comunicação do mandato ou pré-campanha;

-Proteger a saúde de todos aqueles que dependem economicamente de você (no mandato, pré-campanha e negócios empresariais)

-Adaptar as operações para o período de isolamento.

  • Em seguida:

-Entender o impacto a curto e longo prazo;

-Entender as novas dores dos eleitores;

-Entender o novo cenário sócio-econômico e suas oportunidades

-Desenvolver uma estratégia para estar à frente da concorrência

  • Em algumas semanas

– Monitorar os cenários e se ajustar de acordo

– Estabelecer um “novo normal” para o seu mandato ou pré-campanha

Conclusão

Você precisa preparar sua equipe para uma campanha eleitoral low touch ou low touch campanha. Até o início da pandemia você estava acostumado a fazer campanha de um determinado jeito. Muito contato pessoal, aperto de mão, abraço em crianças, tomar café na casa do eleitor. Especialmente nas campanhas municipais.

Tudo isso está mais distante agora. Entra em cena uma nova realidade que impactará as campanhas eleitorais em 2020 e, com certeza, todas as disputas eleitorais a frente.

A partir dos exemplos acima, podemos esperar claramente muitas mudanças e mudanças claras no comportamento do consumidor, por conseguinte do eleitor.

Algumas mudanças já estavam acontecendo gradualmente; no entanto, veremos agora uma aceleração desse processo, especialmente no campo comportamental, em decorrência do distanciamento social e da dificuldade de adquirir produtos fisicamente e interagir com as pessoas.

Bem vindo a campanha eleitoral low touch! Você está preparado para os desafio desse novo tempo? Vem com a gente e prepare-se para os desafios que verão.

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